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Suape pode ter nova usina termelétrica

Unidade do grupo gaúcho Bolognesi está avaliada em R$ 3,5 bilhões. A construção depende do resultado de leilão realizado pela Aneel
Pernambuco pode ganhar uma termelétrica a gás. A Unidade Termelétrica (UTE) Novo Tempo, do grupo gaúcho Bolognesi, está avaliada em R$ 3,5 bilhões e deve ser implantada em um terreno de 15,7 hectares localizado no Complexo Industrial Portuário de Suape. A homologação da alienação do terreno foi publicada no Diário Oficial do estado desta terça-feira (16). Porém, este foi apenas o primeiro passo. Para que o projeto seja de fato garantido, a empresa precisa vencer um dos leilões de energia realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O próximo certame está agendado para este semestre.
Caso vença o leilão, a ideia é que a planta tenha capacidade de geração de 1,2 mil megawatts. Para gerar essa energia elétrica, a UTE Novo Tempo deverá receber seis milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. “A termelétrica está interligada a um terminal de regaseificação, cuja construção também está a cargo deles. Mas a construção deste projeto também está condicionado ao resultado do leilão”, afirmou o diretor de Gestão Portuária do Complexo, Leonardo Cerquinho.
O terreno alienado para a construção da termelétrica em Pernambuco custou R$ 11,9 milhões. “Porém, o contrato possui um prazo de validade, já que está condicionado a realização do leilão”, explicou Cerquinho. A ideia é que a operação da unidade tenha início em 2019. Quando iniciar as atividades, a térmica deve gerar 120 empregos diretos de níveis técnico e superior, além de 160 indiretos.
O Grupo Bolognesi atua nas áreas imobiliária, construção pesada, concessões e energia. Neste último setor, o portfólio do grupo conta com mais de 1,2 mil megawatts em operação. Em 2012, a empresa assumiu o comando da Multiner, empresa de geração de energia elétrica.
Com a vinda da UTE Novo Tempo, o Complexo de Suape passará a abrigar duas unidades de energia limpa. A primeira a se instalar foi a Termope, do Grupo Neoenergia. A térmica manterá contratos de vendas de 455 megawatts médios com duas distribuidoras da mesma holding por 20 anos (Celpe e Coelba).
Fonte: Diario de Pernambuco – Economia – 16/07/2014